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CEFET-MG

Cartas mantêm vínculos e proporcionam atividades didáticas na pandemia

Quinta-feira, 25 de março de 2021
Última modificação: Sexta-feira, 26 de março de 2021

Projeto conquistou o primeiro lugar geral na 30ª Meta

Com os recursos tecnológicos cada vez mais avançados, a comunicação entre as pessoas tornou-se mais ágil e instantânea com os e-mails e aplicativos de mensagem. Mesmo com toda a tecnologia disponível, as autoras do projeto “Abraço a distância”, desenvolvido por professoras, alunas e técnica administrativa do CEFET-MG, resolveram adotar o meio de comunicação a distância mais tradicional desde a invenção da escrita: a carta em papel.

A ação foi realizada pelas alunas Ana Flávia Silva, Emily Vitória da Silva e Maria Luiza Loiola, orientadas pela professora Mariana Cestari e pela técnica administrativa Gláucia Porto. A ideia era manter os vínculos afetivos e as atividades didáticas promovidas pelo programa de extensão “A Escrita de Si como Instrumento de Visibilidade para os Terceirizados do CEFET-MG”, realizado em 2020, nos campi Nova Suíça e Nova Gameleira, em Belo Horizonte, com a coordenação dos técnicos administrativos Nelson Nunes e Juliana Pacheco.

Por meio do gênero carta, o objetivo da iniciativa foi promover a escrita autobiográfica com foco na expressão dos sentimentos e no relato das vivências pessoais, familiares e comunitárias sobre a pandemia. As cartas redigidas, então, foram trocadas entre os funcionários terceirizados e outras pessoas da comunidade acadêmica do CEFET-MG. Dessa forma, 48 pessoas escreveram cartas no campus Nova Suíça e 17 no campus Nova Gameleira. Como algumas enviaram para mais de uma pessoa, ao todo, 67 cartas foram trocadas entre as pessoas dos campi. “É uma forma de abraçar os terceirizados em um momento tão delicado pelo qual estamos vivendo. Também trocamos cartas com eles a fim de ensinarmos um novo gênero textual como parte dos nossos objetivos dentro do programa”, explica a aluna Emilly Claudino.

Eliana Oliveira, uma das funcionárias que participou da ação, sentiu-se acolhida ao ler a correspondência. “Eu fiquei muito feliz de saber que têm pessoas que se importam com a gente, ainda mais com tudo isso que está acontecendo, nessa pandemia. A pessoa com quem troquei a carta se parece comigo, veio do interior e gosta de plantas. A gente está passando por momentos difíceis, então foi muito gratificante receber e mandar uma carta”, diz Eliana.

Para a orientadora, professora Mariana Cestari, a pandemia impôs desafios para a educação de forma geral. “Podemos dizer que a extensão comprometida com ações junto aos grupos sociais subalternizados teve que se reinventar para respeitar o distanciamento social e cumprir seu papel. A troca de cartas mostra que o isolamento social pode ser um momento para fortalecer laços sociais, mesmo entre pessoas que antes não se conheciam. Desse modo, explicita que, nos processos educativos, muito além de conteúdos curriculares, os vínculos afetivos, as propostas didáticas socialmente significativas e o fazer coletivo são fundamentais”, explica.

Premiação

O projeto conquistou o primeiro lugar geral na 30ª edição da Mostra Específica de Trabalhos e Aplicações (Meta) do CEFET-MG, realizada no início de março deste ano. “Não só pelo contato com outras pessoas e instituições, mas também pelo acesso a outras áreas de ciência, sem contar com a formação pessoal que nos agrega. Desta forma, podemos também compartilhar nosso trabalho gerando uma experiência positiva para quem adquire esse conhecimento”, ressalta Maria Luiza Izidoro uma das autoras.

Segundo a coorientadora Gláucia Porto, a premiação faz parte do reconhecimento de um trabalho coletivo e ainda “mostra a potência da inclusão por meio da educação que reconheça práticas de letramento de grupos historicamente invisibilizados e potencialize novas experiências com a leitura, a escrita e a oralidade. Mostra ainda que as trabalhadoras e os trabalhadores terceirizados podem e devem compor a comunidade acadêmica, reforçando a máxima da educação pública, gratuita, laica, de qualidade e acessível a todos”, defende.

A professora Mariana Cestari acredita que a premiação fortalece a participação das mulheres na ciência, já que a equipe mais diretamente envolvida é toda composta por mulheres. “Nossas orientandas, jovens estudantes, cientistas e extensionistas, de forma criativa e bastante autônoma, produziram um vídeo que poucos cientistas experientes conseguiriam fazer. Isso mostra que as novas gerações têm muito a contribuir na produção e divulgação do conhecimento”, conclui.

Coordenação de Jornalismo e Conteúdo – SECOM/CEFET-MG

Com os recursos tecnológicos cada vez mais avançados, a comunicação entre as pessoas tornou-se mais ágil e instantânea com os e-mails e aplicativos de mensagem. Mesmo com toda a tecnologia disponível, as autoras do projeto “Abraço a distância”, desenvolvido por professoras, alunas e técnica administrativa do CEFET-MG, resolveram o meio de comunicação a distância mais tradicional desde a invenção da escrita: a carta em papel.

A ação foi realizada pelas alunas Ana Flávia Silva, Emily Vitória da Silva e Maria Luiza Loiola, orientadas pela professora Mariana Cestari e pela técnica administrativa Gláucia Porto. A ideia era manter os vínculos afetivos e as atividades didáticas promovidas pelo programa de extensão “A Escrita de Si como Instrumento de Visibilidade para os Terceirizados do CEFET-MG”, realizado em 2020, nos campi Nova Suíça e Nova Gameleira, em Belo Horizonte, com a coordenação dos técnicos administrativos Nelson Nunes e Juliana Pacheco.

Por meio do gênero carta, o objetivo da iniciativa foi promover a escrita autobiográfica com foco na expressão dos sentimentos e no relato das vivências pessoais, familiares e comunitárias sobre a pandemia. As cartas redigidas, então, foram trocadas entre os funcionários terceirizados e outras pessoas da comunidade acadêmica do CEFET-MG. Dessa forma, 48 pessoas escreveram cartas no campus Nova Suíça e 17 no campus Nova Gameleira. Como algumas enviaram para mais de uma pessoa, ao todo, 67 cartas foram trocadas entre as pessoas dos campi.

Eliana Oliveira, uma das funcionárias que participou da ação, sentiu-se acolhida ao ler a correspondência. “Eu fiquei muito feliz de saber que têm pessoas que se importam com a gente, ainda mais com tudo isso que está acontecendo, nessa pandemia. A pessoa com quem troquei a carta se parece comigo, veio do interior e gosta de plantas. A gente está passando por momentos difíceis, então foi muito gratificante receber e mandar uma carta”, diz Eliana.

Para a orientadora, professora Mariana Cestari, a pandemia impôs desafios para a educação de forma geral. “Podemos dizer que a extensão comprometida com ações junto aos grupos sociais subalternizados teve que se reinventar para respeitar o distanciamento social e cumprir seu papel. A troca de cartas mostra que o isolamento social pode ser um momento para fortalecer laços sociais, mesmo entre pessoas que antes não se conheciam. Desse modo, explicita que, nos processos educativos, muito além de conteúdos curriculares, os vínculos afetivos, as propostas didáticas socialmente significativas e o fazer coletivo são fundamentais”, explica.

Premiação

O projeto conquistou o primeiro lugar geral na 30ª edição da Mostra Específica de Trabalhos e Aplicações (Meta) do CEFET-MG, realizada no início de março deste ano. “A Mostra é uma oportunidade para cientistas divulgarem seus resultados e a ciência brasileira precisa, mais do que nunca, dialogar com a sociedade, não só no sentido de dizer de um modo que a sociedade entenda, mas também de escutar suas demandas”, ressalta Ana Flávia, uma das autoras.

Segundo a coorientadora Gláucia Porto, a premiação faz parte do reconhecimento de um trabalho coletivo e ainda “mostra a potência da inclusão por meio da educação que reconheça práticas de letramento de grupos historicamente invisibilizados e potencialize novas experiências com a leitura, a escrita e a oralidade. Mostra ainda que as trabalhadoras e os trabalhadores terceirizados podem e devem compor a comunidade acadêmica, reforçando a máxima da educação pública, gratuita, laica, de qualidade e acessível a todos”, defende.

A professora Mariana Cestari acredita que a premiação fortalece a participação das mulheres na ciência, já que a equipe mais diretamente envolvida é toda composta por mulheres. “Nossas orientandas, jovens estudantes, cientistas e extensionistas, de forma criativa e bastante autônoma, produziram um vídeo que poucos cientistas experientes conseguiriam fazer. Isso mostra que as novas gerações têm muito a contribuir na produção e divulgação do conhecimento”, conclui.

Acesse o vídeo do projeto

Fonte: Coordenação de Jornalismo e Conteúdo / SECOM / CEFET-MG